Uma campanha busca arrecadar recursos para finalizar a UTI neonatal de Venâncio Aires, na região do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. Hoje, existe apenas uma estrutura física, com capacidade para 10 leitos. São necessários R$ 8 milhões para compra de equipamentos e para manter o espaço funcionando. O governo federal também precisa regular o espaço.
Bebês que precisam ser internados após o nascimento no município, que tem cerca de 70 mil habitantes, conforme estimativa do IBGE, entram em uma fila para conseguir vagas em outros hospitais, em uma verdadeira lula pela vida.
“No momento em que tu ganha essa notícia, de que tu vai precisar realmente de uma UTI, tudo cai abaixo e tu sabe que não é o berço de um quarto que tu vai precisar, e sim de uma cama de uma UTI neonatal”, diz a presidente da Associação Pró UTI Neonatal, Cristiane Winker.
Uma das mães que conhece essa angústia é a personal organizer Ana Carolina Oswald. Francisco, que hoje tem 1 ano de idade, nasceu com 28 semanas e precisou de um leito de UTI. Conseguiu ser internado em Santa Maria, na Região Central do estado, que fica distante cerca de 170 km, por 46 dias.
“Volta tudo, volta todos os dias que eu passei lá, todos os dias que eu não pude encostar nele, todos os dias que eu não pude amamentar, volta todo o sofrimento de tu ter um bebê numa UTI neonatal e não estar perto da tua família, estar longe de casa…”, diz.
Leave a Reply