A alta recente nas internações hospitalares por covid-19 já se reflete na taxa geral de ocupação de leitos privados de UTI do Rio Grande do Sul. Entre essa quinta (27) e sexta-feira (28), o Estado registrou de 80% de ocupação nos leitos privados de alta complexidade.
Conforme o painel de Internações Hospitais, mantido pelo governo do Estado, a quinta-feira (27) terminou com 80,3% de ocupação dos leitos de UTI privados. No fim da tarde desta sexta (28), o marcador da rede privada estava em 82,8% – com 629 dos 760 leitos particulares ocupados. No SUS, taxa de ocupação de UTIs é de 56,6%.
Das 21 regiões covid estabelecidas pelo governo do Estado, quatro delas estão com o índice de UTIs privadas acima de 80%. São as zonas de Porto Alegre, Passo Fundo e Santo Ângelo.
Outras três regiões covid estão com o indicador em patamar gravíssimo, com ocupação de leitos privados de UTI acima de 100%. É o caso das zonas de Santa Cruz do Sul, Uruguaiana e Pelotas.
Quando a taxa de ocupação passa de 100%, significa que há mais pessoas em atendimento intensivo do que o total de leitos de UTI que foram oficialmente abertos para este fim. Na prática, significa que há algum grau de improvisação no atendimento. Como se trata de um índice geral, é possível que, em regiões com taxa acima de 100% ainda haja instituições hospitalares com leitos disponíveis. Pelo mesmo motivo, em regiões com menos de 100% de ocupação, é possível que haja falta de vagas em alguns hospitais.
Em termos de taxa de ocupação, o cenário é mais positivo nos hospitais públicos. Na tarde desta sexta, o Estado registrava 56,6% de utilização dos leitos de UTI do SUS, com 1.311 das 2.318 vagas ocupadas.
Como se trata de um índice estadual, mesmo em um patamar regular é possível que parte dos hospitais tenham restrição de atendimento em UTIs do SUS.